Os fenómenos que são produzidos
no céu, alguns por causas naturais – hoje perfeitamente explicáveis – e ouros
por motivos desconhecidos, tem sido para a humanidade elementos sobrenaturais
terroríficos e, em muitos casos pressagiadores de grandes desgraças.
Sobretudo, existem na arte e nas
crónicas referências a exércitos voadores, que travavam no céu tremendas
batalhas, cujas destruições de alguma forma afectava também ao género humano.
Talvez somente se trate da luta
perpétua das forças do Bem e do Mal: mas também poderia tratar-se de outra
coisa.
TESTEMUNHOS DA BÍBLIA.
A Bíblia não é muito explícita na
hora de interpretar estes “estranhos” fenómenos celestes, que durante séculos
foram repetidos com idêntica e obstinada representação. Os estudiosos, ante
relato como este procedente de um texto sagrado, interpretam tais fenómenos como
de origem meteorológica ou talvez outra fenomenologia física de características
inusitadas, porém de explicação dentro das margens da física.
No entanto, não pode ser
sustentada esta hipótese durante muito tempo, posto que tendo sido milhares de
pessoas que em séculos distintos puderam observar exércitos, armadas, buques,
lutas, cujo campo de manifestação é o céu. Alguns gravadores, com a ingenuidade
e ao mesmo tempo com a veracidade de um documento gráfico excepcional,
representaram as características de tal fenómeno físico.
Assim, o mestre Jean Gruninger,
de Estrasburgo, descreve com precisão esta passagem bíblica que criamos: Sobre
Jerusalém um exército a galope, estrondoso e cintilante por suas armaduras e
apetrechos guerreiros, cruza com rapidez, igual a um meteoro. Porém a
expressividade gráfica deste mestre não é imaginada, ele mesmo pode contemplar
algumas das cavalgadas de ginetes que cruzaram os céus da Europa em numerosas
ocasiões, como atestam as crónicas da época.
PRESENÇA DE ENIGMÁTICOS VEÍCULOS.
Desde os tempos imemoriais
recolhemos as visões de “exércitos celestes”. A mitologia recolhe grande
quantidade de exemplos que nos ilustram sobre combates míticos, cujo campo de
batalha são os mesmos espaços aéreos. O Ramayana, a grande epopeia indiana que
narra as peripécias do herói Rama, contra como são produzidas gigantescas e
telúricas batalhas no ar com a presença dos enigmáticos veículos, denominadas
“vimanas”, cuja utilização além disso nos recordam um objecto voador não
identificado. Carros, lutas, lançamentos de dardos ígneos, ruídos atroadores,
estrondo de armas e luzes espantáveis são parte do conteúdo mágico desta
narração, que curiosidade coincide com as observações da Idade Média sobre
“batalhas aéreas” e também com visões de OVNIS, cujo comportamento é
confundível com um combate luminoso.
Dentro da literatura védica
encontramos também outras referências igualmente interessante: o Mahabharata descreve
com minuciosidade a presença de “cargos celestes”, cuja presença física é “como
um meteoro rodeado por uma poderosa nuvem”. Esta semelhança literária nos
define com clareza qual era o aspecto físico das batalhas e exércitos no ar.
RETALHOS DE UMA ANTI-TERRA?
Em nossa mente está sendo
conformada uma proposição, certamente arriscada e cujo estabelecimento não é
mais que imaginativo. Em nosso é produzido uma alteração estranha, mediante a
qual de outros mundos ou anti-terras são filtradas em ocasiões retalhadas,
momentos de uma vida distante de nós. O pitoresco desta situação fundamenta-se
em que seu meio permanece com eles, mas interessando no nosso. Sua dimensão
continua existindo, ainda que seja confundida com a nossa. A narração do barco
que navegava em uma água invisível para nós, porém real para eles, que flutuava
no ar como uma contradição absurda, enquanto os fiéis assustados comprovavam a
irreal situação em um bom exemplo desta proposta. Porém o mais esclarecedor é
constatado quando um dos tripulantes, nadando no ar, tentou desatar a âncora
travada. O texto que é confundido com a mitologia irlandesa é suficientemente
esclarecedor e pode ser que nos desvende o mistério dos exércitos celestes.
Estes seriam pois uma intromissão em nossa realidade, sendo os humanos
testemunhos impassíveis de demonstrações fantásticas. Podemos imaginar um
curto-circuito cósmico e de proporções terríveis que alterasse a natural
sucessão da vida e o tempo, trazendo-nos imagens e situações de outros mundos. Isto
poderia explicar igualmente os desaparecimentos repentinos e misteriosas de
pessoas, animais e inclusive aglomerações de pessoas que instantaneamente são
volatizadas no ar como se houvessem passado a outra dimensão.
A ORIGEM DOS FENÓMENOS.
Á margem desta possível explicação,
levando em conta a peculiar estrutura destes fenómenos aéreos, podemos imaginar
uma sútil trama que foi desenvolvida dentro do marco histórico humano, a origem
do fenómeno sempre é o mesmo, a entidade ou entidades que manipulam tais
estruturas possuem uma determinada direcção, desconhecida para nós poderiam ser
os carros de fogo em um passado remoto, os profetas e enviados celestiais constituiriam
a seguinte fase, os meteoros e cometas rebeldes continuariam sendo parte de tão
misteriosa actuação. Posteriormente viriam os exércitos celestes, os cavaleiros
e ginetes aéreos. Durante finais da Idade Média e na Idade Moderna observamos
grande quantidade de bolas e fogos estranhos que camuflados de convencionais
cometas e conjunções planetárias cumprem uma encomendada e desconhecida missão.
No século XIX e princípios de XX apareceram em cena os dirigíveis fantasmas e
os aviões desconhecidos, assustando e confundindo-se na difícil evolução de
nossa tecnologia. O último elo estaria constituído pelos OVNIS. Um fenómeno
esquivo e planetário. Tão inescrutável e mítico como os carros de fogo, de
fogo, barcos voadores ou as guerras medievais no ar. É possíveis pensar que
estamos assistindo a uma complexa presença de entidades distantes a todo o
conhecido ou imaginado e que sua presença através das épocas não seja mais que
uma representação tragicamente teatral? Em qualidade de que personagem os
humanos assistem?
NÃO EXISTE EXPLICAÇÃO.
O que vimos até o momento é um
conjunto de acontecimentos inexplicáveis e que aconteceram durante o mês de
agosto de 1608 nas proximidades da cidade de Marselha. A realidade de tais
fenómenos é difícil de colocar em dúvida porquanto foram milhares de
testemunhas dos mesmos, e as autoridades, incluída a igreja puderam comprovar a
veracidade de tais observações. No entanto, qual foi a causa e quais os
fenómenos que foram vistos durante um mês seguido nesta zona? Não é possível
compreender estas visões, a menos que acreditemos firmemente que no universo no
qual estamos imersos todavia existem mistérios impossíveis que contradizem a
harmonia e racional vida terrestre.